Sinopse
Os leitores de Gilgamesh não encontrarão uma peça convencional, vazada nos termos dos manuais de Dramaturgia, mas uma obra que serve admiravelmente à concepção de Antunes Filho. Nela se aliam de forma harmoniosa a narrativa e o drama, instaurando um ritual que atinge a essência do mito.A adaptação cênica é fiel ao original, sem reduzir nenhum aspecto da aventura fantástica do rei de Uruk, em que há referências até ao dilúvio. Cada episódio, desenvolvido na escrita cuneiforme em doze tábuas de argila, encontra correspondência no palco e o encenador conseguiu o prodígio de concentrar as numerosas personagens da narrativa em apenas doze intérpretes, alguns dos quais se revezam em nada menos que quatro papéis