Sinopse
Qual o espaço, não só físico, do lugar? No mundo contemporâneo, essa questão é tanto mais potencializada pelos processos que a nossa existência passa em seu contexto. E surge uma indagação dilemática: entrincheirar-se numa posição conservadora, avessa à mudança, será uma maneira de defender o seu lugar próprio? Ou desprezá-lo em seu localismo, significará enquistar-se em uma atitude hegemônica globalizante? Se a Geografia Humanista retirou o "lugar" dos esquecidos rincões passados, enquanto conceito, a sua pertinência ao universo da contemporaneidade requer um esforço interdisciplinar de interpretação, para dar conta adequadamente das transformações em curso e dos novos âmbitos emergentes no plano da sociedade e de seus embasamentos geográficos. Não se trata de uma tentativa de superação, porém de um empenho conjunto de abrir-se para uma nova visão do fenômeno estudado, do entendimento de seu ser e de suas maneiras de ser, da experiência que proporcionam e do lugar que ocupam em sua condição de modos geográficos de existência.