Sinopse
'Memórias do subsolo' (1864), considerada por muitos a primeira novela existencialista, é um dos textos mais marcantes e influentes de Dostoiévski. Publicada na primeira metade de 1864, inaugurou uma nova fase na produção literária de Dostoiévski. Nas amargas reminiscências do rancoroso homem subterrâneo, o autor afasta-se sensivelmente das obras de sua chamada 'primeira fase', tão caras à crítica e ao público russos. O 'romance social' cedia terreno a uma nova experimentação na prosa dostoievskiana, ao tipo de criação artística que seria mais tarde interpretada como a prefiguração do existencialismo do século XX. De Franz Kafka a André Gide; da psicanálise de Freud ao existencialismo de Sartre; do teatro pós-moderno ao cinema americano - muitos foram os que beberam - e ainda bebem - do manancial subterrâneo de Dostoiévski.