O REFÚGIO DO PRÍNCIPE: HISTÓRIAS SOPRADAS PELO VENTO

Na ilha dos dois mares - um calmo, apertado contra o continente, e outro agitado e solto em seus cabelos de espuma - formava-se a personalidade augusta do Príncipe, o que reinaria até a morte. O Príncipe aprendia a modelar o barro e dar-lhe perenidade de pedra, através da experiência acumulada por todas as gerações e que chegava às suas mãos através dos ventos domesticados, os que circulavam pelas sombras do verão. Os gigantes acreditavam - e, portanto, sabiam - que os ventos eram seres de um povo livre, talvez o primeiro que tenha um dia habitado a terra, e que ajudou a concentrar as primeiras nuvens e a fazer a separação da terra e do mar.