MALDITOS PAULISTAS

Empregado como motorista numa mansão do Morumbi, Raul, o carioca, descobre na garagem um boneco parecido com a Carmen Miranda que, sabe-se lá porquê, desperta sua vontade de ser um Sherlock. A partir daí, o narrador torna-se amante da patroa, para depois ser desprezado por ela e acusado de furto de joias, conhece a prisão, retorna ao emprego, conhece um novo amor e, expulso novamente da mansão, descobre a joia que fora acusado de roubar, recupera o bom nome e desvenda o mistério da fortuna do patrão. Marcos Rey procura expor nas entrelinhas - e às vezes desveladamente - não só a sua desilusão como também a sua tolerância, com o ser humano, egoísta e interesseiro, acionado pelos mecanismos do sexo e da ambição, num mundo dissoluto e cheio de desventuras.