Sinopse
Utilizando as posturas municipais, documentação policial e jornais de época, Clarissa Maia mostra como as autoridades do Recife - políticos, policiais e religiosos - tentaram ordenar a cidade e controlar a vida dos segmentos sociais tidos como os mais perigosos: os escravos e os livres pobres. Ao longo do trabalho, entretanto, a autora evidencia como esta ordem foi apenas idealizada. Escravos, libertos e livres pobres conseguiam encontrar brechas para a construção de solidariedades e identidades nas suas festas, autos do boi, casas de batuque, bandas de música e tavernas. Apesar das inúmeras proibições, a população negra e pobre renovava antigas tradições culturais, e as transformava nas novas identidades da própria cidade, como o frevo e o maracatu.