Sinopse
Qualquer narrativa traz em seu bojo o explícito de um fato contado, pela boca que diz, mas esconde o verdadeiro ocorrido que bem cabe naquele dito de que quem conta um conto, aumenta um ponto. É claro que ao expor sucintamente, como de hábito, seu dia de trabalho, à amiga, Penélope não percebia seu perpassar sobre detalhes estarrecedores como se fossem triviais... Parou de falar e arregalou os grandes olhos azuis ao se dar conta de que, se houvesse mesmo um incêndio, a morte seria quase inevitável. O edifício, no qual ficava seu local de trabalho, era antiquado e até condenado, pelas modernas normas, no que se referia à segurança nestas circunstâncias. Do ponto exato onde se encontrava, em relação ao fogo, ficaria fatalmente cercada só restando a opção de pular pela janela... Do décimo quinto andar?! Céus! Teve a nítida sensação de cabeça partida. Um suor gelado brotou em sua alva testa e ela caiu sentada no sofá, pálida e sem voz.