RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL

Ter a iniciativa de organizar uma coletânea é um gesto repleto de energia positiva, pois se trata de algo que se faz sempre em sintonia com o mecanismo conhecido como ganha-ganha. De fato, todos ganham: o próprio coordenador, os autores, a editora, o público leitor. São textos escritos por diversos autores - de diferentes Estados, escolas, idades e origens - que giram em torno de um mesmo assunto, abordado sob diversos ângulos. Textos que escancaram a riqueza e a multiplicidade de aspectos do assunto versado e que se revelam, normalmente, úteis tanto aos estudiosos quanto àqueles que militam no dia a dia. O que ficou da leitura agradável e atenta dos artigos que me foram gentilmente encaminhados por Eduardo José da Fonseca Costa, um dos coordenadores, foi que, realmente, grande parte das questões polêmicas relativas à reclamação são fruto de uma dose de razoável desordem que existe no país. De fato, a própria razão de ser da reclamação é uma certa desordem e resistência à obediência ao sistema estabelecido. Iniciativas como esta, de reunir estudiosos do processo, uns mais, outros menos experientes, vindos de todos os cantos do Brasil, para criar este belo trabalho, isto sim, tem tudo a ver com o país sério, ordenado, informado, pujante, que queremos. De parabéns estão coordenadores, autores e editora por terem transformado este desejo em fato consumado, beneficiando a sociedade e a comunidade jurídica.