Sinopse
O objetivo deste trabalho é refletir sobre o sentido da apropriação do conceito kantiano de imperativo categórico na formulação do superego freudiano. Desta forma, pretende-se apontar para o deslizamento semântico que ocorre quando o imperativo categórico deixa de ter um sentido específico dentro de uma cadeia de significação e passa a se localizar fora dessa cadeia, tornando-se um significante isolado. Além de sair da dimensão consciente e racional para se localizar no plano inconsciente, o imperativo adquire um novo estatuto, isto é, o conceito passa do plano de uma lei que determina objetivamente a máxima moral para um ordenamento de gozo cego e destrutivo.