AS IRREGULARIDADES NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA: DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA, LEGISLAÇÃO
Fabio Amorim Da Rocha
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Sinopse
A Light gasta anualmente cerca de R$ 450 milhões com a compra de energia para ser furtada diretamente da rede de distribuição ou indiretamente, por meio de fraude na medição. Desse montante, cerca de R$ 60 milhões foram pagos em 2009 pelos acionistas e os restantes R$ 390 milhões pelos consumidores honestos. Quando era Diretor-Geral da ANEEL, havia cogitado de livrar o consumidor honesto desta carga, diminuindo a tarifa e jogando todo o ônus nas costas do acionista. Não apenas no caso Light, mas nos casos de todas as demais 63 distribuidoras. Logo me dei conta que eu seria mais um dirigente público bem intencionado a povoar o inferno. Isso porque menos de 5 do que o consumidor paga na conta de luz correspondem ao lucro regulatório dos acionistas das distribuidoras de eletricidade. No caso da Light esse lucro regulatório em 2009 foi da ordem de R$ 270 milhões, que é um valor inferior ao custo da energia furtada. Ou seja, caso o regulador fosse louco ou demagogo, a concessão ficaria inviável em médio prazo.