Sinopse
Para Todd não é a mundialização que dissolve as nações, mas a autodissolução das nações, alimentada por crenças econômicas e ideológicas de certas elites, que produz a mundialização. Apoiada em análises pertinentes a obra está explicitamente orientada para uma reabilitação do quadro de decisão nacional, mas com o corolário do protecionismo. E se a crise econômica não passa-se de uma ilusão, de um véu sobre uma realidade muito mais cruel do que nos é permitido pelas taxas de crescimento, o inexorável aumento do desemprego e das desigualdades? Há muito que Todd havia advertido para a implosão do sistema soviético. No passado teorizava a fractura social; hoje, revela a crise da civilização que atravessam as sociedades desenvolvidas, presas numa espiral declinante cujas determinantes, antes de serem econômicas, são culturais e antropológicas. Todd não é meigo para com as elites defensoras de Maastricht adeptas do pensamento zero mais preocupadas com a construção de uma moeda impossível quando, pelo contrário, deveriam ressuscitar as crenças colectivas, à frente das quais, o autor, não hesita em colocar a nação.
Imagens meramente ilustrativas.