QUANDO EU CRESCI

Quando eu cresci é uma dessas histórias fascinantes. Primeiro, temos o prazer estético: não há quem não se deslumbre com as páginas aquareladas do desenhista Tony Sandoval, cujo traço da vida a seres tão cruéis quanto apaixonantes, habitantes de um mundo de tantas faces( savana,o interior de uma fonte,uma estação de trem). Nesse sentido a gama de expressões do menino Pepe, o protagonista, é um espetáculo à parte. Em segundo lugar , há a riqueza da trama: Pepe está preso no interior da parede de sua casa, lutando para encontrar uma saída, nessa jornada que por vezes beira o pesadelo. Dos encontros que faz pelo caminho, há lições a serem captadas, nem sempre óbvias( como aliás,é característico da boa literatura) A terceira razão para se ler Quando eu cresci vem a ser sua própria resolução: surpreso e tocado pela beleza da história, o leitor provavelmente decidirá percorrer as páginas uma segunda vez, desvendando assim as evidências cuidadosamente plantadas nas entrelinhas.