O 6º CONTINENTE - PRECEDIDO DE ANTIGO DOENTE DOS HOSPITAIS DE PARIS
Daniel Pennac
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Sinopse
A peça "O 6º Continente" é uma parábola sobre os dias atuais, o consumismo e a luta de classes.Trata de ascensão e crítica social, conquista de sonhos, trabalho e poluição. Através de personagens bastante emblemáticas, é contada a história de uma “família obcecada pela propriedade”, que de uma pequena manufatura de sabão, se torna, em três gerações, uma gigantesca, corrupta e mafiosa multinacional, que ganha fortuna na indústria da limpeza e se torna a fonte da mais assustadora e espantosa quantidade de lixo que toda a espécie humana já foi capaz de produzir – e, assim, surge um 6º continente, um golfo de lixo boiando em pleno Oceano Pacífico. A limpeza, portanto, passa a ser associada ao luxo, à obsessão pelo que é considerado íntegro, puro, e há uma inversão de valores. “Antigo Doente dos Hospitais de Paris”, ou “Monólogo gesticulário”, é uma pequena novela na qual Pennac põe, narrando toda a história, um médico interno de um hospital universitário de Paris que conta de forma catártica, quase como um desabafo feito à outra pessoa, suas desventuras num plantão noturno vinte anos antes, quando tudo em que ele pensava era em seu cartão de visita. Ironicamente, neste mesmo dia o hospital estava lotado de emergências, dentre as quais a de um senhor que apresentava, sucessivamente, sintomas diversos de doenças variadas, que jogava especialistas uns contra os outros, sem que nenhum pudesse chegar a um diagnóstico objetivo, definitivo, e descobrir a real doença do indivíduo e como tratá-la.