TUDO ERRADO

São Paulo, novembro de 2016 – Quatro anos depois de integrar o primeiro time brasileiro a participar do Rally Mongol, experiência que o fez percorrer 1/3 da superfície da Terra, o documentarista Raphael Erichsen lança o road book “Tudo Errado”, em que narra a sua saga de viajar da Europa à Ásia, num carro “caindo aos pedaços, em busca de algum sentido para a vida”, nas palavras do próprio autor. O livro, que ultrapassou a meta necessária para viabilizar sua publicação via financiamento coletivo, já está disponível para venda.Tudo começa em 2012, com uma vida tediosa, o término do casamento, seguido de uma síndrome do pânico, até que um telefonema inesperado de três amigos convidando Raphael para fazer o Rally Mongol, um rali nada comum, muda completamente sua trajetória. Nesse rali, o primeiro a chegar não é considerado vencedor, muito pelo contrário. As equipes têm carros velhos (quanto pior melhor) e quanto mais estranho for o seu veículo, mais legal é a sua equipe. Tem de tudo, carros de pelúcia, banheiras no capô e até touro mecânico no teto. O prêmio? Doar os veículos para uma ONG que cuida de crianças abandonadas na capital da Mongólia.Mais do que tema para a série exibida no Multishow em 2013, o rali se mostrou uma prova de superação de limites físicos e emocionais, transformando completamente a vida de Raphael. Afinal de contas, como se pode passar ileso de uma paixão avassaladora por uma neozelandesa, uma festa num castelo medieval na República Tcheca, uma perseguição de ciganos na Transilvânia, uma noite tragicômica-almodovariana na cobertura de um hotel em Istambul, uma fuga da polícia no Cazaquistão e um sequestro no meio do deserto Mongol? É sobre essas e outras aventuras não menos emocionantes e inusitadas, e uma escrita que remete ao jornalismo gonzo, informal e repleta de referências pop do cinema, música e literatura que “Tudo Errado” se constrói. “O livro conta o que a série de TV não mostrou e, principalmente, fala da minha percepção da coisa toda e como aquele rali transformou a minha vida. É uma espécie de livro de anti-ajuda, uma versão bizarra e estúpida de ‘Comer, rezar e amar’”, finaliza Raphael.