NOSSA BANDEIRA: FORMAÇAO, USO, FUNCIONALIDADE
Joaquim Redig
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Sinopse
O Brasil é um país tão grande, tão jovem, portanto em formação, tão fragmentado em diferentes culturas, hábitos, sotaques, origens étnicas, nacionalidades imigradas, um lugar mesclado de brancos, pretos, índios, mulatos, amarelos, árabes, judeus, tão diversificado em realidades regionais –do Pampa à Amazônia, do Pantanal à Caatinga, do Trópico à Zona Temperada- que alguns antropólogos, sociólogos, filósofos, e mesmo jornalistas, e até designers, alimentados talvez pelo complexo de inferioridade e conseqüente ceticismo que caracterizam povos colonizados como o nosso, duvidam da possibilidade de existência de uma identidade brasileira, isto é, de elementos capazes de unir este vasto território, servindo de moeda de troca –em todos os sentidos- com os demais países.A Bandeira Nacional prova o contrário. Ela demonstra, marca, atesta que, sim, o Brasil existe, e é capaz de se posicionar, se identificar, ser reconhecido, diante das outras nações. Ela comprova que há realmente algo em comum a unir toda essa diversidade – além da língua portuguesa, e do nome Brasil.Na primeira metade do século XX, a bandeira e as cores brasileiras eram consideradas feias e de mau gosto - ao menos pela nossa classe artística e intelectual, a mais influente nesta matéria. Na segunda metade, porém, elas viraram ícones da nossa cultura visual - e até griffe internacional, nas mãos do estilista Gilson Martins e nos pés das Sandálias Havaianas.Motivada pelo crescimento populacional e pelo incremento dos meios de comunicação de massa, incentivada pela dinamização do comércio e do turismo, e embalada pelo processo de democratização social e cultural do país nas últimas décadas, nossa bandeira vem se tornando de forma crescente -e impressionante!- um dos objetos mais representativos da identidade brasileira, nacional e internacionalmente, sobretudo desde o processo de abertura política dos anos 1980.