PRA NÃO PERDER A ALMA

O cuidado aos cuidadores. Para cuidar de outros, precisamos aprender a cuidar de nós mesmos – essa é a máxima que deveria orientar todas as pessoas envolvidas em relações de ajuda. O profissional cuidador, mesmo que não se dê conta, sofre desgastes pelo contato diário com a dor, a perda, as dificuldades, necessidades e angústias das pessoas com as quais lida, trabalha ou atende. Quando o cuidador não se cuida, o desgaste constante pode levar à fadiga, ao estresse e, até, ao esgotamento total, ao burnout. Nesse processo, corre o risco de perder a própria alma: Perder a alma é algo triste, desfigurador do que é essencialmente humano, é se danar, se perder enquanto pessoa. É o centro da existência pessoal, equivalente a “coração”. Uma das representações da alma é justamente a delicada borboleta, frágil e bela, que necessita do vento (o espírito) para voar. Não se pode manipulá-la de qualquer jeito, sob pena de feri-la e matá-la. E se há algo que devemos preservar é precisamente nossa alma. E a alma dos outros? Igualmente preciosa! (Ageu Heringer Lisboa) O objetivo deste livro é ajudar o cuidador a refletir sobre si mesmo e a descobrir quando precisa pedir ajuda e como ele mesmo pode se cuidar.