O HOMEM TRÁGICO DE FREUD

A mortalidade é a condição de nossa existência, imersa em contradições por vezes insolúveis e que dificultam o acesso à tão sonhada felicidade. Assim se designa o trágico, desde a sua origem nos palcos da antiga Atenas. Uma percepção que atravessou os séculos e iluminou a noção antropológica que se depreende dos fundamentos do pensamento freudiano, tema central deste livro. Ao considerar a dupla filiação da obra de Freud, a tragédia grega e a filosofia trágica, representada por Schopenhauer e Nietzsche, precursores da psicanálise, a autora investiga o que é e como se formou o conceito do trágico. Com esse repertório se volta, então, à letra do psicanalista, para nela configurar a antropologia trágica que lhe é inerente.