SANTO AGOSTINHO NO BANCO DOS RÉUS

De modo ousado decidimos colocar Agostinho de Hipona no banco dos réus. Assim, deverá ele se defender das acusações que lhe são feitas por, supostamente, ter cometido os crimes de difamação e injúria. Deverá, portanto, lutar para afastar de sua carreira a condição de um criminoso. Neste livro, o conhecido pensador medieval, em nossa trama, assume a condição de réu em um processo-crime promovido pelo seu arquirrival Pelágio, que, entendendo atacado em sua honra por Santo de Agostinho, acusa-o de difamador e injuriador diante de um magistrado. Trata-se de uma novação opção estilística para apresentar o vigoroso pensamento de Agostinho de Hipona, pois no decorrer das peças processuais a sua doutrina é exposta ao leitor de maneira curiosa. Os autores da patrística, por questões às vezes curiosas, costumam ser lembrados apenas pelos aspectos positivos de suas obras. Este livro caminha em sentido diferente, pois não pretende enaltecer cegamente Agostinho de Hipona. Ao contrário, este trabalho tem por objetivo fazer uma abordagem equilibrada da obra de um grande pensador da patrística, sem deixar de lado a oportunidade de criticar os seus excessos e contradições. Em todos os instante da trama articulada neste livro, o leitor é colocado diante de uma questão corriqueira em um processo judicial: o Réu (Agostinho) será condenado ou absolvido pelo magistrado? Diante disso, esta obra se apresenta como um convite ao desvendamento deste mistério. Frente a proposta constante neste livro, desejamos aos nossos leitores uma leitura libertária. Ivan de Oliveira Silva Hipona, dia da Liberdade