O HOMEM RICO E LÁZARO

Esse texto bíblico, de Lucas 16, é normalmente visto pela exegese tradicional como um texto estranho, desencontrado, sem perspectivas e motivações históricas. O que fazer com um texto com descrições exageradas de personagens e que no mundo do além lhes inverte os papéis? Aliás, o mundo do além e do pós-morte é um tema desconsiderado até muito recentemente. Graças à perspectiva adotada por Rafael de Campos em sua análise, de considerar as categorias culturais e imaginárias do mundo bíblico e as práticas de produção do texto, em transformação e adaptação de repertórios antigos, em intensa intertextualidade, o texto do Rico e Lázaro pode ganhar nova apreciação. Prof. Dr. Paulo Nogueira Universidade Metodista de São Paulo - Umesp. O texto de Lucas 16. 19-31 é quase sempre utilizado para defender a imortalidade intrínseca da alma, sendo este considerado o ápice da parábola lucana para muitos. É sobre este prisma que o trabalho de Rafael de Campos vem lançar luz, pois interpreta o texto utilizando a análise social radical da época, elencando a inversão irônica de papéis e o Hades descrito em duas partes: o seio de Abraão para os justos, e as trevas eternas para os ímpios. Neste trabalho exegético, Campos demostra que o narrador Lucas se utiliza de uma história fictícia do pós-morte para refletir e comentar a vida anterior à morte, cujo ápice do ensino é o amor ao dinheiro. Prof. Ângela Aleixo Bacharel em Teologia e Mestra em Ciências da Religião - UMESP. O texto de Jesus em Lucas 16.19-31 fala-nos de uma troca de posição entre um homem rico e um mendigo chamado Lázaro. Jesus, em sua revelação, abre-nos a visão de que posições podem ser totalmente invertidas entre o mundo atual e numa vida que prossegue após a morte. Um texto misterioso, mas pleno de ensinos, que o professor Rafael de Campos analisa com maestria. Whitson Ribeiro da Rocha Diretor do Seminário Teológico Batista de Presidente Prudente