CIÊNCIA, FÉ, SABEDORIA - É PRECISO FALAR DE CONVERGÊNCIA?

A onda de secularização transforma-se em volta da religiosidade sob multiplas formas (espiritualidades, sabedorias, religiões orientais). A razão humana não pode se satisfazer com essa separação ela aspira a encontrar certa unidade.    Depois de séculos de antagonismo, teria chegado o tempo de uma grande conferência entre ciência e religião? A preocupação ecológica não tem o objetivo de resgatar vínculos com uma abordagem global, holística? O desenvolvimento das organizações não conduz inevitavelmente a uma interconexão mundial, para cuja realização contribuem não somente a ciência e a teologia de ponte, mas também as tradições espirituais da humanidade?   A honestidade recíproca entre meios científicos e religiosos era característica do século XIX e do início do X.É essa oposição que as transformações recentes voltam a questionar. A ciência moderna a e cada vez mais contestada, pelo menos sob sua forma técnica, por causa dos prejuízos que causará à natureza. A onde de secularização transforma-se em volta da religiosidade sob múltiplas formas (espiritualidades, sabedorias, religiões orientais).   Já não é mais admissível uma ignorância mútua, e certas demarcações prudenciais mostram-se bem frágeis. A razão humana não pode se satisfazer com essa separação; ela aspira a encontrar certa unidade. Por ângulos históricos, filosóficos, teológicos e éticos, com base em documentos recentes e acessíveis a um grande público, o percurso aqui proposto contribui de maneira absolutamente original para o discernimento necessário.   François Euvé, SJ, ex-aluno da Escola Normal Superior de Cachan, professos universitário de física,é professor de teologia no Centro Sevres de Paris.