Sinopse
O grande desafio dos médicos que realizam os exames ocupacionais é entender o que avaliar, como avaliar e como correlacionar as alterações clínicas com as exigências da atividade para a caracterização da aptidão para o trabalho. Apesar da aparente dificuldade em “juntar tudo e concluir o exame ocupacional”, o uso da semiologia clássica continua sendo o farol de navegação: seguir a trilha, conhecer a anatomia e reconhecer os sinais e sintomas e compreender a fisiopatologia e a evolução das doenças permite acertar o alvo e responder às perguntas cruciais que surgem em cada exame: • O paciente apresenta aptidão clínica para realizar as tarefas? • Existe alguma limitação funcional objetiva causada pela doença que possa impedir o desempenho da função? • Existe incapacidade? Se existe, ela é parcial ou total? Temporária ou permanente? • Há risco significativo de dano/lesão com a atividade exercida?Através dos exames médicos ocupacionais, é possível conhecer cada trabalhador, realizar diagnósticos precoces de doenças, estabelecer relações causa/efeito entre exposição e aparecimento de sinais, sintomas ou doenças e despertar o interesse das pessoas para melhorar e manter o seu estado de saúde. A avaliação ocupacional não é, portanto, “mera atividade cartorial, de emissão de ASO”; trata-se de uma oportunidade de cuidar da saúde do trabalhador com ênfase na prevenção e no cuidado integral.