Sinopse
“Ninguém se livra de seus mortos, principalmente se o morto é ele próprio. Portanto, aqui e em mim está a minha falecida Patrícia, que já não é mais sequer um espectro: são imagens mentais. Quero convertê-las em palavras e transportá-las para uma folha de papel, de modo que se possa analisá-las objetalmente, pois a sua compreensão escapa à minha mente/Patrícia, e sou insuperavelmente parcial nesta história. Já tenho, pois, matéria e motivo para a vida que inicio: escrever a história da Patrícia que-fui, e, com isso, fazer a minha história-Patrícia, que é tudo o que se pode fazer na vida. Com os ecos de uma vida medíocre passada, pode-se compor uma sinfonia grandiosa para a vida futura.”