Sinopse
Inumeráveis e incontornáveis, os cotidianos não se fixam nos lugares que lhes servem de referência. Os muros da escola não limitam o cotidiano escolar, assim como a restrita dimensão material da cidade pequena não comporta o que é vivido em seu interior. Cotidianos vertem e se atravessam mutuamente, sem a perda de si.
Este livro trata de atravessamentos entre os cotidianos da escola e da cidade pequena, compreendidos enquanto espaços de formação instituinte. Sem submeter-se a roteiros prévios, mas não isenta de intencionalidades, a autora percebeu a presença do cotidiano escolar nas relações vivenciadas por professoras na cidade.
O cotidiano da escola estava "esparramado" pelo cotidiano da cidade pequena, o que provocou a autora a "pular" o muro da escola e a aprender que nada se restringe a seu lugar de origem - as narrativas, os cotidianos, todos nós.
O estudo perseguiu algo que não se encontrava fixo em lugar algum, se surpreendendo com movimentos fugidios que não aguardavam um exame, uma confirmação. A imprevisibilidade sobre quando e onde o cotidiano da escola se mostraria não foi obstáculo para a autora. A reduzida configuração territorial que circunscreve uma cidade pequena é também a possibilidade do encontro - nas cidades pequenas, as pessoas "se sabem".