Sinopse
As narrativas dos escritores baianos, Jorge Amado, Adonias Filho e Sosígenes Costa, reinventam a história da “descoberta” européia do “novo mundo”, e da síntese conciliatória das raças, caracterizadoras do discurso fundacional – discurso de uma origem única, mágica e otimista, da nação brasileira. Obras como Tocaia Grande de Jorge Amado, Luanda Beira Bahia de Adonias Filho e Iararana de Sosígenes Costa põem em xeque as referências históricas consagradas do etnocentrismo europeu e da mestiçagem, defendida por diversos pensadores sociais, e entendida como uma imagem definitiva do “povo brasileiro”. Propõem uma outra concepção de mestiçagem, dispersa, conflituosa e trágica, contrapondo-se assim ao discurso nacionalista.