Sinopse
“A autora propõe tema escaldante, atual e complexo, chamando de pronto a atenção do leitor. Seus escritos anteriores, somando-se ao seu já conhecido desassombro quando resolve voar sem plano de voo, autorizam-na a fazer um recorte teórico original ao aproximar Psicanálise e Educação, costurando-as ao feminino. Quase impossível ao leitor desgrudar o olho do texto.
A cartografia do livro de Maria Augusta Rondas Speller faz parte dessas obras que, de quando em vez, irrompem pela academia, contaminando-a e desafiando a monotonia do dia a dia de cada dia. A arquitetura do texto é inédita do ponto de vista científico
em sua busca, obstinada, de costurar juntos o feminino, a psicanálise e a educação. A autora não é gente de planície, mas de montanhas, labirintos: ao pé do abismo. Para iluminar seu caminho acende lanternas, coloridas, branco e preto, luz alta, luz baixa: livros de qualidade, basilares, sobre o assunto, poesia, literatura, teatro.
Andarilha, carrega sua "colcha de retalhos" por aqui e acolá, na procura de mais um pedaço, um caco, uma centelha, costurando-os à colcha inacabada. Sua ousadia e inquietação são próprias de quem foi somando, multiplicando, no processo migratório que faz parte de sua história de vida, panoramas, paisagens, mulheres, homens, crianças, os mais diversos e diferentes encontros, aos quais não ficou indiferente [...].