CARAVELLA: A TRANSIÇÃO

Seattle, 2006. a sociedade em estado puro. Ao aterrar na metrópole americana, Nico Caravella convence-se que renasceu das cinzas, conseguiu desprender-se dos demónios da encarnação anterior. Trabalha e convive com um mecânico lunático; paga renda a um ex-militar que vive contrariado; conhece uma florista introvertida por mero acaso. Mas o sossego no novo mundo é sol de pouca dura – ao fim de um mês, recebe uma carta pequena e sinistra. Um lembrete que renascer não é assim tão fácil. Elba, 1978. a geração dos idealistas. Dois meninos crescem juntos numa ilha agridoce. Quando um deles sai do arquipélago e cria A Transição, não tem noção do quão magnífica e venenosa é a ideia que acaba de semear. Desdobrado entre os dois lados do Atlântico e contado a quatro vozes bem distintas, este romance críptico vai esgravatando até às entranhas de um ser enigmático para provar, de uma vez por todas, o verdadeiro valor da tolerância.