COMO ESPINHO NA CARNE

O cheiro do campo do começo da noite deixava os dois excitados. Luísa pegou Alexander pela mão e praticamente o arrastou para os estábulos. O céu repleto de estrelas brilhantes, cada uma em seu ponto, e os vaga-lumes com os seus faróis ligados, pareciam até que ali existia uma cidade aérea cheia de minúsculos carros circulando de um lado para o outro. O silêncio só era quebrado pelos grilos cantantes e pelo o coaxar dos sapos a beira da lagoa que ecoavam noite adentro. Apesar de ser um estábulo, o lugar era limpo e bem organizado... Eles arrastaram para um cantinho discreto, um fardo de feno, e o cobriram com um coxim macio. Ali fizeram amor como se não houvesse amanhã. O cheiro que exalava do feno, deixava o ambiente com cara de natureza bruta e ficava com um aspecto aconchegante, desejado até mesmo, por aqueles que se diziam mais refinados...