Sinopse
O século XVIII se mostrou especialmente rico para o desenvolvimento da arte europeia baseada no interesse pela natureza. “O fenômeno do vedutismo, gênero pictórico que mescla o natural das cores, das figuras humanas e dos animais, da dimensão e das particularidades arquitetônicas e da luz, se enaltece e se dissemina, no decorrer desse período, por toda a mítica e simbólica Veneza”, dizem Manoel Bellotto e Neide Marcondes. E é justamente nesse contexto que surge o nome de Bernardo Bellotto, pintor nascido em Veneza em uma família que já contava com outro artista – seu tio, Giovani Antonio Canal, il Canalleto, de quem herda a técnica e o apelido.
É na Saxônia, em Dresden, que Bernardo Bellotto se firma como cronista do cotidiano, registrando suas visões da cidade em telas e gravuras que ainda hoje representam papel fundamental no cenário artístico e histórico mundial.
Suas vedute não se configuram apenas como objeto de admiração: serviram de modelo para a reconstrução de Dresden, cidade alemã devastada ao longo dos anos por diversas batalhas (incluindo a Segunda Guerra Mundial) e onde ele viveu entre 1747 e 1758.