A NOITE DAS TARTARUGAS

Assim como Precisamos falar sobre Kevin, de Lionel Shriver, precisamos falar sobre Crístofe. Trata-se de uma história de superação. Alguém que viveu em situação limite quase o tempo todo. E que, nos momentos em que foi maior que as circunstâncias que o oprimiam, pôde sentir-se livre para optar pelos rumos que daria à sua vida. Estimula a reflexão sobre temas contemporâneos, como bullying, xenofobia e preservação de espécies em extinção. Diferente da Hannah, personagem da série 13 Reasons Why, diferente de jovens que se submetem a jogos virtuais como o Baleia Azul, Crístofe encontra outra saída. Há na história medo, coragem e gratidão. E há nela o processo de construção de uma identidade em meio ao enfrentamento de preconceitos e discriminações. Um livro que nos leva a refletir sobre o nosso próprio passado, a rever decisões que tomamos em nossas vidas, a reviver relações que nos moldaram e a voltar a experimentar o sentimento de gratidão. O texto também reflete a influência sobre o autor de Karl May (1842-1912), escritor alemão de Dresden: além de drama, há nele aventura.