À DERIVA

À Deriva... Feche os olhos e deixe seus pensamentos fluir... Como um pequeno barco a deriva na mente oceânica, permita que navegue livremente... Olhe a vida com o olhar da saudade, guiado pela memória... Navegue pela infância... Lute contra as turbulências da adolescência e sinta a brisa da juventude, não tema a maturidade a encare como cortinas que se abrem e você sai de cena para acomodar-se na platéia... Assistir o espetáculo da vida através de seus filhos, netos... Toque a mão amada ao seu lado sem medo da perca, o corpo perece e tal a lagarta que abandona o casulo dando lugar a borboleta, o espírito não teme o abandono do corpo, intui que será livre, podendo volitar para as planícies calmas da espiritualidade e como o barquinho à deriva voltar para casa... Marcio M. N. Sena