Sinopse
A palavra casa, em Casa onde habitamos (PRAZERES, 2016), possui um campo semântico que evoca, provoca e define-se como proteção externa e espaço interno de experiência. As quatro partes que compõem o livro destinam-se metaforicamente à comunicação poética, organizada em casas: arte, sonho, sentimento e memória - defesa de princípios que constituem o discurso libertário da poesia. Habitante da metrópole, a poeta põe-se a falar, liricamente, em interlocução com o leitor, que se identificará com a procura incessante por abrigos humanos sob o teto da terra. Reduto domiciliado na poesia, a atividade da escrita criativa afirma-se por sua natureza expressiva e reflexiva. O seu exercício hoje é um apelo interventivo, que existe para salvar percepções, proposições, sensibilidades e a estética do mundo literário imaginativo.