Sinopse
A obra é quase inclassificável. Um misto de autodeboche, delírios conscientes, críticas sociais implícitas e explícitas, análises profundas de futilidades e futilizações de profundidades. Sem regras, sem vergonha, imoral, anormal, antinômico, quase manicomial, descreveu o escritor e membro da Academia Mato-grossense de Letras, Eduardo Mahon, que assina a orelha do livro.Segundo o autor, o projeto foi concebido como uma espécie de coletânea de contos escritos por ele nos últimos anos.A temática das histórias varia desde a problematização da hierarquia e rotina das colheres dentro do sistema garfonormativo, passando pelas especificações técnicas sobre rir ou não da desgraça alheia até os conflitos subjetivos que permeiam a relação sanidade/loucura.Tanto nas narrativas sérias quanto nas mais lights, o humor está sempre presente por meio do sarcasmo, do escracho e da ironia nem sempre tão fina. Não importa quem é o leitor: vai se identificar. Boa parte dos contos é baseada no dia a dia, em situações comuns que todo mundo passa. Porém, usando um olhar de bastidores, analítico, com interligações inusitadas, muitas vezes do avesso e até propositalmente conspiracionista.O autor adianta que a linguagem utilizada na obra é simples e acessível, tornando a leitura leve e divertida para pessoas de qualquer idade e grau de instrução. Daí veio o nome Pirotecnia, que é usar o fogo para entreter. As palavras, assim como o fogo, também transformam, destroem, entretém, e alteram o estado das coisas. Para que o fogo faça tudo isso, ele precisa ser aceso. Para que as palavras façam o mesmo, precisam ser lidas e, principalmente, compreendidas.