Sinopse
A obra, que traz narrativas e histórias de vidas e lendas, apresenta expressões artísticas de diversas comunidades paranaenses, que vão desde cirandas a brincadeiras e jogos infantis, além de danças tradicionais como Marcas de Fandango."O livro também retrata o Fandango e Congada, que só existe na Lapa, que mostra que a nossa cultura não é apenas européia, já que a Congada trabalha a partir de valores africanos", afirma Queiroz.O historiador comenta que a obra resgata a cultura do cotidiano de comunidades paranaenses. "Valorizar essas manifestações folclóricas é também valorizar as pessoas atrás da peça, que tem as características de uma determinada comunidade", diz.Queiroz afirma que a ideia de reunir os documentos de Inami surgiu há oito anos, quando ele e a jornalista e antropóloga Zélia Maria Bonamigo solicitaram o material ao autor para reorganizá-lo."Ele (Ivanir) reclamava que ninguém se interessava pelas coisas do litoral", afirma Zélia. Para ela, além de contribuir para conservar a cultura do Estado, o livro pode ajudar a incentivar novas pesquisas. "O material oferece dicas importantes para vivenciar nas escolas e na sociedade de modo geral e favorece o trabalho interdisciplinar, já que contam com partituras, desenhos", afirma.Já o historiador Jorge Queiroz acredita que o folclore deveria fazer parte da grade curricular e não somente no dia do folclore. "É uma maneira de valorizar as tradições com um material de apoio que pode ser usado para o trabalho pedagógico em sala de aula, nas diversas disciplinas", complementa.