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AMORES CRUZADOS

Iande Albuquerque
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Sinopse
Me ligaMe liga e diz que todo esse tempo que passou semmim, não te serviu de nada. Só te fez andar em círculos,só te levou pra tomar um pouco de tempo e te trouxe atéaqui, mais uma vez limpando os pés em meu tapete e mepedindo calor. Me liga pra dizer que encontrou a razãode ter me conhecido em pleno dia de domingo, em plenatarde sem graça, dentro de um mundo com centenasde outros corações dispostos a encontrar outros amores eoutros amantes no ponto de serem provados. Me liga pracontar uma história qualquer, pra dizer que na bagunça datua vida, em meio a um escorregão e outro, cê encontroudetalhes de um passado que um dia fez algum sentido pranós. Me liga pra falar sobre o CD que te dei, me diz queainda não arranhou e que ainda toca como antes. Que ocartão que te entreguei, não rasgou e você ainda lê de vezem quando, meio que sem querer. Me liga pra dizer que atinta do que tentamos colorir juntos, ainda escorre em teucorpo e que a marca do que deixei, ainda está lá, mesmoque por trás de outros fatos, mesmo que por trás de outraspinturas.Me liga pra contar até que ponto conseguimoschegar. Em qual curva derrapamos. Em qual sinal avançamos.Me liga pra contar em qual ponto precisávamoschegar para que as cortinas não se fechassem. Se é queprecisávamos. Estivemos em pontos diferentes e não possoser culpado por isso. Não te culpo. Cheguei à conclusãode que embora partilhemos alguns momentos juntos nessacaminhada, a dura realidade é que não a estamos fazendode mãos dadas. E em algum ponto, soltamos nossasmãos. Me liga pra dizer que em outros, poderemos voltara tocar nossos dedos, mesmo que naqueles instantes rarosem que te digo algo e você mentalmente, pensa: Era praser assim. - Mas não foi. Um dia, não importa mais se estáfazendo a cama sozinha, em silêncio.Me liga pra conversar um pouco sem nó e sem dóde como a gente destruía o nosso mundo e achava que eleé que estava destruindo a gente. Me liga e me faz rir dascoisas mordazes que te disse, querendo te magoar. E decomo você reagia a tudo isso: fazendo cara feia, reclamando,e no fundo, adorando fazer parte dessa novela mexicana,cheia de drama que só inventamos pra poder curar umpouquinho do nosso tédio. Só nos sobrava, ainda, tentarcausar algum caos por cima de tantos outros, fazendo uso 15dos nossos relacionamentos que passaram igual correntezae que a gente deixou o nosso barquinho de papel afundarainda no raso. Sem paciência. Bem antes que a partemais funda estivesse mais perto. Era medo da tempestadeque poderia vir, era medo de não conseguir voltar. De fatomeu bem, quem vai não volta. Se em algum momentotentamos voltar é porque não sentimos seguros, mesmoque estivéssemos um ao lado do outro. Tá aí, nunca conseguimoscontinuar. Nunca estivemos no mesmo lado. Afogávamo-nosainda na areia. Jogamos tudo pra fora antesque a maré aumentasse pelo medo de perder tudo. Esquecemosmuita coisa. Esquecemo-nos. Não continuamos,não pela falta do que remar. Não pela falta de um motivopara continuar. Foi pelo medo de parecer ter demais, nãotendo. Por fim, não chegamos a ter um ao outro de verdade.Barquinho furado não vai tão longe. Naquele tempo,achávamos que era amor. Meu Deus, a gente achava queaquilo era amor. O cenário que construímos não era tãoverdadeiro. Me liga, conta mais sobre aquela velha sensaçãode como era imaginar alguém por aí, mesmo que poraqui. Querendo ter, mesmo sabendo que nunca teria deverdade.

Categoria
Editora Penalux
ISBN-13 9788584060252
ISBN 8584060251
Edição 1 / 2014
Idioma Português
Páginas 126
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