Sinopse
Azulázio, de Anderson Kaltner, já sugere desde o título quais seriam seus movimentos principais. Azulázio nos faz lembrar de azul, azulejo, duas palavras que aparecem nos poemas do livro, e talvez de topázio, para lembrar da pedra que aparece em um dos seus belos versos: Amor é o afago da pedra. Tanto azul, quanto pedra, são palavras de extenso uso poético. Desde a pedra drummondiana até o azul de Mallarmé, temos a tensão que, de certa forma, se desenvolve neste livro entre o lugar dos devaneios, dos sonhos, da imensidão, do inefável, e a pedra, objeto tão comum, rasteiro, das estradas, do chão, que, no entanto, traz em si também ares de mistério ou de coisa insondada, rara.