Sinopse
Ao longo da história humana as sociedades passaram por diferentes problemas relacionados às doenças endêmicas e epidêmicas, que acabaram muitas vezes por transformar a vida cotidiana das pessoas. O pânico e as mortes deixaram transparecer problemas sociais e sanitários. Por inúmeras vezes, os poderes públicos e os governantes foram vistos como os principais responsáveis por estas situações caóticas. Diante deste contexto, uma interrogação se faz necessária: qual o papel das esferas públicas nas questões ligadas à saúde da população, especialmente na prevenção e combate a este tipo de problema? Para responder a questão acima, o livro direciona o seu foco para a história das políticas de saúde pública no Rio Grande do Sul. O recorte temporal se delimita entre os anos de 1928 e 1945, período em que Getúlio Vargas esteve no poder, inicialmente como governante do estado e, depois, como presidente do país. No período analisado, a saúde pública passou por diferentes transformações. Duas reformas sanitárias, uma realizada em 1929 e outra em 1938, que acabaram por estabelecer as diretrizes para o setor e propuseram algumas inovações para este campo de atuação do governo. Entretanto, tais transformações demonstraram também um não rompimento de concepções e práticas sanitárias herdadas desde o século XIX.