Sinopse
A autora declara já na inauguração de sua obra augusta é uma lagarta QUENTE e mansa diagnosticada com esquizofrenia cadê meu remédio contra combustão de fantasias?. Aparentemente tão reto e direto, quanto chocante, a força poética destas palavras é tapa na cara, uma tentativa de sair do íntimo desorganizado com um impulso voraz. Mais palpável do que a própria realidade, é dispensar a razão, pois muitos já apontaram ser a loucura mais coerente que a própria lógica. Neste sentido os abismos internos da autora são tão intensos que a linguagem de sua poesia reflete esta fragmentação, como se o seu intelecto estivesse jogando para o papel as várias camadas de todos os seus estados sentimentais. Quando se lê, porém, o produto finalizado de sua combustão onírica enxerga-se emoções que variam de uma leve melancolia, até um estado de apatia pelo cotidiano, mas principalmente, torna-se sólido aquele estado inconsciente de uma mente que vaga, rondeia e paira sobre um mar interno de várias impressões suscitadas pelos vários estímulos da realidade.