Sinopse
A experiência da fratura marcará Fernando Pessoa desde a infância, dividido entre dois países, dois lares, duas línguas. Em 1914, num dia que classificou de «triunfal», inventa os quatro principais heterónimos (
) concretizando-se como ser múltiplo e descentrado, como deve ser o poeta moderno, pronto a «sentir tudo de todas as maneiras». (...)Não há nenhum tipo de fronteiras nem geográficas nem políticas no Portugal simbólico da Mensagem: de «Brasão» a «Encoberto» irrompe um sebastianismo que, ao não se querer fechado no passado, se transforma em mito poético pessoano construtor de futuro. Em suma, messianismo religioso e futurismo vanguardista nele convivem como alicerces de intensificação total do futuro.Isabel Pires de Lima