Sinopse
Este livro se fez na solidão; portanto, ele é fruto de pensamentos livres, e deve tão somente ser lido na solitude de um espírito livre. Os pensamentos reunidos aqui não têm a pretensão de serem agradáveis, e muito menos foram pensados na intenção de trazerem conforto àqueles que buscam respostas, ou eufemismos sobre o convívio humano. Objetivam contribuir aos que buscam uma nova estética para seu mal-estar crônico no mundo. Versou-se aqui não apenas a solidão social dos homens, mas o aspecto geral do homem em sua solidão constitutiva. Esta lhe é condição fundamental, já que apenas ele pode experienciá-la de fato. O autor não se ocupou apenas em condensar as angústias, as dores e o sofrimento humano, mas também em pensar a partir do isolamento o sentido da vida, ou a completa falta dele. Fundamentalmente existenciais, os textos reunidos costuram a solidão humana aos temas centrais da vida, sejam sociais ou individuais. São aforismos de desconforto, e, por acreditar que somente na solidão se pode encontrar algum tipo de sabedoria, o autor entende que quem se furta demais dos encontros consigo mesmo nunca saberá quem realmente é.