Sinopse
A cidade de Sobral foi construída sob vários discursos do que era ser moderno na década de vinte, principalmente no antagonismo entre conservadores e democratas. Os corpos e os comportamentos femininos representavam essa disputa pela normalização de um modelo vencedor que deveria ser seguido, mas que em diferentes situações poderia ser negociado.Por um lado havia produtos contra feiura, capaz de "reformar" o rosto da mulher, por outro, havia a preocupação em afirmar que a beleza feminina estaria na alma, na pureza dos olhos e dos gestos. O que sugere um certo conflito do que era ser mulher, naquele período.Viver naquele período representava negociar com esses valores, buscando conviver com os diferentes preceitos morais, modos de viver, vestir e divertir. O espetáculo urbano era de conciliações entre conservar os valores e inovar comportamentos, era um viver em construção no mundo feminino, entre público e privado. É importante perceber que conhecer esse passado é importante para refletirmos sobre o ser contemporâneo, que não pode esquecer que é possível construir uma ética ancorada na transcendência, na busca do sentido da vida e na relação deste sentido com a presença do ser, abordando temas fundamentais como responsabilidade, ética, liberdade, identidade, fé e esperança, que permeiam os debates em papel e tinta.