Sinopse
É 1867, ano de pouca colheita e de inverno especialmente rigoroso na Finlândia. Ano em que mais de 250.000 pessoas 15% da população morreram de fome. Um dos períodos mais dolorosos de sua história. Camponeses abandonam suas terras para tentar chegar a São Petersburgo, onde imaginam que há, pelo menos, pão. Esse pequeno livro trata da fome de forma simples e brutal. Num cenário gélido, as pessoas habitam o limite de sua humanidade. A fome cala e o silêncio que ela provoca é força motora da narrativa. Quem come fala em frases engasgadas. A vida resiste na força obstinada dos caminhantes e na escrita intensa do autor. O leitor brasileiro, através de uma narrativa delicada e fluida, tem a oportunidade de se emocionar e encontrar, num cenário muito diverso, questões, dificuldades e tensões que são universais, compartilhadas por povos de quaisquer lugares. A ficção, aqui, é a forma pela qual a realidade se expressa.