Não deixe seus livros parados na estante. Troque seus livros com 200 mil leitores. Participe!

CADASTRE-SE

A VOZ DO DESEJO

Rina Bogliolo Sirihal
(0) votos | (0) comentários

Sinopse
Do Prof. Dr. da FALE/UFMG Edson Nascimento Campos a respeito de A VOZ DO DESEJO -"Rina.Gostei imensamente de ouvir A voz do desejo quando me pus a abrir os olhos e o coração para ler os de Galeano que você nos oferece como escrita que se sucede sem a busca de um princípio e de um fim. E foi aí que me lembrei do poder de significação do texto literário ao flagrar o seu inacabamento na figura do grande S que faz a imagem de tal processo de significação lá, n’O Recado do Morro de João Guimarães Rosa: Desde ali, o ocre da estrada,como de costume, é um S, que começa grande frase”.Foi a partir desse inacabamento que acredito ter intuído o caráter de expansão que você constitui com a bela metáfora do desejo com o signo Galeano e que se multiplica como metáfora que daria conta da experiência do desejo nos seres, personagens, que você vai criando e recriando e que, por isso, aparecem como uma nova e singular experiência do desejo em cada um, sob o seu olhar. Aliás , não é essa a metáfora, Galeano, que daria conta do inacabamento de seus contos ? Ou que daria conta do Galeano que mora em você? Ou que daria conta do Galeano que mora em cada um de nós, os seus diversos leitores ?Acredito que o inacabamento de sua escrita assume tal propriedade, tornando-a singular, porque ela alcança aquele caráter de expansão, ou de construção, com que se nutre o desejo, a despeito das forças de inibição, ou de destruição, que abatem, ilusoriamente, sobre ele, para aniquilá-lo: se por um lado há o movimento que o destrói, ou o destruiria, por outro lado, há o movimento de construção que faz o seu renascer. Enfim, o incabamento - é o que posso perceber - é condição que atravessa o modo de ser do desejo. Então, é com esse inacabamento em mente que me vem a lembrança de Manoel de Barros do poema 11 da Biografia do Orvalho: A maior riqueza do homem é a sua incompletude.” E, por extensão, o João Guimarães Rosa de Grande Sertão: Veredas: O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam.Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão.” E nessa mesma linha de compreensão, me vem, ainda, a lembrança de Eduardo Galeano, em Os filhos dos dias: como escritor que flagra os movimentos de destruição e construção do desejo, ao longo do calendário anual, de mês em mês, dia após dia, personifica, ele, nesse belo livro, o inacabamento do desejo. É, aliás, o que você, faz, homenageando, com a força metafórica do signo Galeano, o escritor Eduardo Galeano, no inacabamento singular dos belos contos com que você nos presenteia. É ainda o que você nos faz , a nós, acredito, leitores: nós, do nosso jeito, vamos dando conta do inacabamento de sua escrita e, na leitura que fazemos, vamos dando conta do inacabamento de outros textos, de outros autores, promovendo aquele diálogo ampliado que a sua voz, A voz do desejo, viabiliza. E, assim, o inacabamento do escritor se multiplica com o nosso inacabamento de leitor. O seu livro tem, a meu ver, o poderoso dom de mobilizar o desejo, ou o Galeano que mora em cada um de nós. Obrigado. Abraços. Edson"

Categoria
Editora Usina do Livro
ISBN-13 9788590816645
ISBN 8590816648
Edição 1 / 2014
Idioma Português
Páginas 187
Estante 0  0  0   0
Sua estante
10% chance de ser solicitado

CADASTRE-SE


AVALIAÇÃO DO LEITOR
Já leu o livro? Comente!

Quero comentar sobre este livro