Sinopse
Parte de um levantamento historiográfico, centrado no movimento das frentes portuguesas de expansão, especialmente em suas motivações ideológicas. Identifica e discute as raízes da construção da imagem com a qual o RIo Grande do Sul passou a se apresentar na comunidade nacional.Examina o avanço português no Brasil Meridional, impulsionado por uma cosmovisão fulcrada na Segunda Escolástica Portuguesa, a escolástica conimbricense, de acordo com o Paradigma Orgânico, Vitalista e Qualitativo, tendo como referência a linha imaginaária traçada na Bula Inter Caetera, de Alexandre VI, e confirmada e deslocada em direção a oeste pelo Tratado de Tordesilhas.Examina, por fim, o redirecionamento da política expansionista de Portugal a partir do Tratado de Utrecht, de 1917; do esgotamento da "plenitudo potestatis" papal; da comprovação geográfica do equívoco dos cartógrafos portugueses na fixação da raia de Tordesilhas a oeste da Colônia do Sacramento, resultantes da emergência de uma nova cosmovisão, proveniente do ideário ilustrado, de acordo com o Paradigma Mecanicista Matemático, privilegiado, na obra, como responsável pela fixação do espaço considerado.