APRENDIZ DE CRONISTA

O primeiro livroTodos os que escrevem, temos a mania de pensar que os nossos escritos são bons, inéditos e que merecem ser publicados. Quem pensa diferente, a minoria, normalmente são autores do quilate de Franz Kafka. Eu, fazendo parte da maioria, faço publicar Aprendiz de Cronista que antes de, em definitivo, levar este nome, teve por alguns dias, quando em repouso, primeiro o nome de "Cartas do Cerrado", depois "Cerradolândia" e agora, definitivamente, Aprendiz de Cronista, na pele de Jerômo. Por ser um nome mais comercial, achei que a palavra aprendiz, de qualquer maneira, devesse estar bem à mostra e assim a conservei na capa.Mas antes, naturalmente, como a maioria dos autores principiantes, submeti os originais a seis das maiores editoras do Brasil: Cia. das Letras, Objetiva, Rocco, Publifolha, Sextante, Record, com o seguinte argumento:É um livro interessante?Sim! Vários são os motivos...O título em si, a palavra aprendiz, é a essência do livro. É um livro de autodesenvolvimento pessoal e não deixa de ser, também, profissional. Torna-se mais importante porque a tônica é superar deficiências: não dando receitas como um livro de auto-ajuda, porém realizando e mostrando o produto do esforço: as cartas, as crônicas, as prosas e os cenários...O livro mostra barreiras reais e imaginárias. Demonstra, ainda que de maneira implícita, um método adotado para a aprendizagem da escrita e, também, como é possível brincar com brasa, quero dizer, com o Português.Relatar as aventuras de Jerômo não deixa de ser uma novela; ao associar personagens com flores do cerrado, procura fugir da vala comum; ao discutir o ato de escrever, procura despertá-lo nas pessoas e, junto com ele, o interesse pela leitura.Sendo Jerômo um principiante na escrita, torna-se um elemento mais motivador. Eu não tenho dúvidas de que o livro tem um apelo comercial. Por isso o submeto às regras da editora. Causa-me arrepios pensar que ele fique restrito à cidade de Cerradolândia.