O HOMEM DA PONTE

À primeira vista me pareceu que alguém se aproximava. Com o barulho que fiz para me esconder, o trepidar das folhas, sessou, ou seja lá quem era também se escondeu.Meu coração acelerou dava para ouvir as batidas descompassadas.Aguardei ali imóvel por um bom tempo, não queria ser surpreendida.Pouco depois, ouvi que os passos continuavam e passou por mim e bem próximo. Cautelosamente sai do esconderijo e pude observar que se tratava de um homem carregando um rifle nas costas.Reconheci que não se tratava do Alex.... Meu Deus! quem será? O que terá vindo fazer neste lugar com um rifle?” – pensava sem me mexer do lugar.Quando percebi que não se ouvia mais suas pisadas, sai de onde estava seguindo o lado contrário de que ele seguira.Para não me perder, optei em não saia mais da trilha.Um tatuzinho com três filhotinhos passou por mim assustando-me, quase gritei.Assustei-me também quando me certifiquei da hora.Teria andado tanto assim e não percebi?(...)Comecei a ficar preocupada, havia saído de casa pouco mais das seis da manhã, e já fazia mais de cinco horas que caminhava e ainda não havia saído da mata e nem um vestígio de casa ou cabana.Sai meio metro da trilha para poder comer uma fruta e não ser pega de surpresa por alguém.(...)Cansada como estava adormeci.Logo depois acordei num sobressalto com alguém chutando meu pé para me fazer acordar.Sentei-me assustada abraçando minha mochila, era o homem com o rifle nas costas.Num repente, ouvi um uivo de coiote e o homem que me ameaçava tombou ali a meus pés sem sentidos.Sem tempo de raciocínio, vi outro homem vestindo calças largas camufladas e chapéu safari no mesmo tecido cobrindo pescoço e rosto deixando apenas o olho de fora usava também um par de botas pretas de cano alto pegou o rifle o quebrou e o jogou em meio à mata e tomando-me pelo braço abruptamente me fez levantar a força.Pegou minha mochila a colocou nos ombros. Prendeu-me pelo braço e me arrastava pela mata adentro.As lágrimas que corriam de meus olhos me segavam o caminho.... ”Meu Deus! Ajude-me!” – pedi em pensamento – Eu não saberei mais voltar”.Tropecei torcendo o pé caindo em seguida.Estava em pranto silencioso, de dor e medo ao mesmo tempo.Mesmo depois de ter caído ainda fui arrastada pelo chão por alguns metros. (...) O Homem Da Ponte”é mais uma obra de Kátia Del Rey.