O SALÃO VERMELHO

O salão vermelho do Berns Salonger é o local onde se reúnem diversos personagens que acabam por representar toda a sociedade sueca do final do século XIX. A imagem do salão vermelho é central pois funciona simbolicamente como a câmara vermelha onde se espera uma audiência com a realeza, ou a sala vermelha onde os debutantes esperam a apresentação à sociedade, ou ainda o espaço onde os atores aguardam a entrada em palco. A carga simbólica do espaço em si empresta uma força e atualidade tremendas a este retrato de corrupção moral, política e social de uma Estocolmo em que se movimenta Arvid Falk, um quase anti-herói, o primeiro da literatura escandinava e um dos primeiros da literatura europeia, na forma insegura e errática como navega as águas perigosas da política e sociedade assim como as franjas do meio boémio e intelectual que se reúne no Salão Vermelho. Esta obra faz parte da lista dos melhores 1000 romances elaborada pelo jornal britânico The Guardian. «Uma obra de dimensão literária e intelectual inigualável.» Thomas Mann «Quando li pela primeira vez Strindberg, tive de repensar a minha escrita. Durante alguns meses não consegui escrever.» Eugene O’Neill «Muitas vezes, fala-se apenas de Strindberg pelo seu teatro, mas isso deve-se às poucas traduções e à fraca divulgação que a sua ficção teve na segunda metade do século XX, o que é um verdadeiro absurdo pois foi essa ficção, traduzida um pouco por toda a Europa, na primeira metade do século passado, que mostrou uma outra face do modernismo literário que é, afinal, a que maior influência tem ainda hoje em dia.» John Sutherland «A nossa modernidade começou e continua com Strindberg.» Ingmar Bergman «Tudo começou com Strindberg.»Tennessee Williams