PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Temos como horizonte a construção de uma verdadeira democracia, a emancipação social, o uso comum do espaço com maior justiça social. Assim, seguimos acreditando num impossível possível, mesmo que o momento atual, por tão reacionário que se apresenta, não convide a pensar nessa direção. Portanto perguntamo-nos: que espacialidades poderiam advir de ordens espaciais, não anti ou pós-capitalistas? Que atores sociais as produziriam, em quais racionalidades e com que intencionalidades? Atualmente, o discurso reacionário procura desconstruir a distinção entre ditadura e democracia. Nesse sentido, torna-se extremamente relevante refletirmos sobre o tema. É fundamental pensar em estratégias para radicalizar a democratização das decisões, porque apenas assim focarão verdadeiramente as necessidades da comunidade. Para tanto, é necessário descentralizar as decisões para que a responsabilidade seja cada vez mais uma atividade da população. Defendemos a verdadeira democracia, que é muito mais do que apenas votar em uma eleição. Defendemos a emancipação social, defendemos a efetivação do ser político e a "desalienação". Tudo isso significa pensar no direito à produção do espaço, e isso significa pensar para além do capitalismo, para além da separação entre Estado e sociedade civil. É necessário fortalecer a ideia de comunidade para, então, alcançarmos a verdadeira democracia.