Sinopse
A obra (e a vida) de 18 mulheres que desafiaram as convenções, fizeram as malas e se aventuraram pelo mundo. Contrariaram estereótipos e partiram sozinhas à descoberta do mundo. Do século IV aos nossos dias, estas Mulheres Viajantes disfarçaram-se de homens, comeram gafanhotos estudaram tribos e marcaram a literatura de viagens.Sonia Serrano traça neste livro dois percursos: o geográfico e temporal, ao escrever sobre os lugares por onde estas mulheres se aventuraram e o tempo histórico em que viveram; e a evolução da condição feminina num domínio que, durante séculos, foi protagonizado por homens a viagem. Desde a destemida Egéria que, no século IV, partiu da Península Ibérica para a Terra Santa, ou as mulheres que andaram na aventura das grandes navegações portuguesas, passando pelas arrojadas vitorianas, que palmilharam os confins do vasto império britânico, até ao século xxi, onde encontramos algumas das mais extraordinárias viajantes. Viagens intimistas, políticas ou de exploração, por vezes fugas, quase sempre procura da felicidade.Sonia Serrano arranca ao esquecimento sexista as mulheres viajantes, evocando histórias admiráveis, como a de Alexandra David Néel, que tentou tornarse na primeira ocidental a entrar em Lhasa, ou a de Freya Starck, que mapeou o nordeste do Irão enquanto buscava os castelos da histórica seita dos assassinos. Um A a Z historicamente contextualizado, apoiado em excertos de textos, que inclui pioneiras como Mencia de Calderón, aventureiras como Karen Blixen, ou espíritos desassossegados como Alexandra Lucas Coelho.