ASILO (1 #1)

Sobre o livro Asilo de Parker Alice: Existe Alice no país das maravilhas? Citação: loucura. Não há graça em ser louco. Não tem nada de engraçado perder a razão. Favor não confundir loucura com transgressão de regras porque a loucura é sozinha e não tem seguidores. É um mundo criado além das expectativas do real. É um suporte para seguir. De todos os sentidos criados por Parker Alice, Esse caminho que eu mesmo escolhi É tão fácil seguir Por não ter onde ir.Psiquiatria, solidão, dificuldades de relacionamento. Mais que isso é um spoiler. Leia para mergulhar no universo único de Asilo. As palavras têm trilha sonora. Dizem que sou louco por pensar assim...eu juro que é melhor não ser o normal.O silêncio de alguns, a voz trêmula, barulho que incomoda. Parker Alice tem simpatia pelas palavras. É apaixonado pelo ofício da escrita. Asilo proporciona várias visões do sofrimento. Queremos seguir alheios na ilha da fantasia promovida pelas redes sociais, onde basta rolar mais rápido a nossa telinha para termos acesso somente a carinhas amarelas sorridentes e corações substituindo os olhos. Asilo não nos isola. Joga na cara a realidade brutal ocultada por botões de curtir ou figurinhas lúdicas e recreativas que anestesiam nossa correria por instantes de magia. A arte de contar uma história. O envolvimento do narrador com o interior de seus personagens complexos. Vidas que se encontram e compartilham trágicos destinos em busca da sobrevivência. Parker Alice passeia com tranquilidade entre todos os pecados. Somos todos pecadores. Inocentes e culpados. Não há perdão para nossa mente infernal. Malditos sejam todos escritores. Lucimar Mutarelli – 29 de outubro 2016Começa sua jornada por essa terra celestial e infernal.Um grupo de pacientes reunido pelo país todo: Ricardo, que apesar da idade não amadureceu. A sorridente Edna, madura de causar inveja a Balzac. Linda Cláudia, marcada pelo estigma do racismo. O jovem Luiz que sabe sobre golpes, teorias e etc. Uma pessoa chamada Wagner quebrando a força todo tabu. Calado Edgar age como quem tem muito a falar. O senhor Jerônimo, mais velho morador desta terra. Logo na entrada estes corredores querem te enlouquecer. Ouve sons terríveis através daquelas parede Um gosto como cadáveres carbonizados. Com medo você prossegue. Uma dúvida persegue. Restaria algo? Alguém? ... Lúcido, enxergou caminhos que levaram ao mal. Ouviu músicas infernais vindas daquele buraco Um gosto como cadáveres saboreou. Cheirou excrementos de WC. Ultraviolenta surra levou. Restaria desistir? Adianta? ...Biografia Nascido sob o signo de áries num dia 13 no ano de 1980, testemunhou ainda criança, aos seis anos, a euforia nacional que se deu em virtude da copa do México. Aos sete anos iniciou seus estudos acadêmicos em escola estadual que então gozava de imensa reputação na região, chegando a participar ativamente de feiras de ciências e outras atividades que exaltavam o estudo da condição humana perante os enigmas da existência. Com oito anos foi abduzido para um universo fictício paralelo e dele apenas emergiu em torno dos quatorze anos, quando foi arremessado ao encontro num muro edificado ao longo dos séculos. Aos dezessete anos foi iniciado numa escola de estudos teóricos na qual se formou magma cum lauda aos vinte anos. Teve então sua consciência extraída e conservada em um pote de âmbar para que seu corpo fosse controlado por uma entidade binária programada para produzir e obedecer a ordens. Após o colapso total de tal entidade, sua consciência buscou gradativamente sua reinserção a seu corpo físico, processo que tem levado tempo e arrasta-se até então. Com o corpo agora habitado por uma l lógica booleana em conflito com uma consciência anacrônica, lúdica e ludita, divide seu tempo entre atividades de extrema complexidade intelectual e atos insanos e caóticos como a escrita deste livro. Pode ser encontrado todas as noites navegando pelas cercanias do buraco negro Cygnus X-I e os dias trabalhando para manter o seu sono tranquilo. Gosta de crianças, animais e é um jardineiro amador.