Sinopse
Um dos estudos mais brilhantes sobre a vida e a obra de Bernardo Claraval, por muitos considerado a figura maior de toda a Idade Média."Aprendemos mais coisas na floresta do que nos livros; as árvores e os rochedos ensinar-vos-ão coisas que não conseguiríeis ouvir noutro lugar (...)."Bernardo de Claraval (Epístola CVI)Marie-Madeleine Davy, eminente especialista da mística medieval, apresenta-nos nesta obra um dos estudos mais brilhantes sobre a vida e a obra de Bernardo Claraval, por muitos considerado a figura maior de toda a Idade Média. Dante elege-o como seu guia no Paraíso da Divina Comédia.O século XII exulta de uma impressionante vitalidade espiritual e cultural, é a época das catedrais, das cruzadas, da Ordem do Templo, do Graal, etc.; o tempo prodigioso no qual Bernardo de Claraval, reformador da cristandade e místico da contemplação, tem um protagonismo central.Borgonhês como o Conde D. Henrique, correspondeu-se com Dom Afonso Henriques, rei que favoreceu largamente o incremento da Ordem de Cister em Portugal. Agostinho da Silva sugere mesmo «que a fundação de Portugal é acto inteiro da potência mística e de acção de São Bernardo, o de Claraval».Figura enigmática, Bernardo, na sua faceta política, luta sem rodeios contra as heterodoxias e heresias da época, no entanto, tem um papel determinante na oficialização e incremento da Ordem dos Templários: escreve Em Louvor da Nova Milícia (De laude novae militae) e considera que «apenas os Templários estão destinados à guerra santa».Místico da contemplação, do amor divino entre a Alma-Esposa e o Deus-Esposo, considera o conhecimento de Deus e de si mesmo como a via necessária para o êxtase, para a unitas spiritus: «Meu Deus, fazei com que eu vos conheça e que eu me conheça. (...) É do céu que nos chega esse conselho: conhece-te a ti mesmo, oh homem.»Quando se tornou monge, Cister era uma ordem muito pobre vítima de calúnias de outras ordens monásticas, no final da sua vida já estavam estabelecidos 243 mosteiros cistercienses na Europa!